Atacada
- Temos um novo avanço no caso do Assassino! - Exclama Tania Glyde, a chefe do departamento de homicídios.
Ela é uma mulher fogosa, de cabelos ruivos encaracolados e entroncada. Apesar de agressiva para com os criminosos, é amável para nós. Entre os agentes, dizemos que ela é a Boudica e nós os celtas sob o seu domínio e proteção.
- Temos? - Interrogo, estupefacta.
- Parece que há uma testemunha ocular! - Informa, guardando o seu distintivo e a sua arma. - Vem comigo, vamos falar agora com ela.
Marshall abriu a boca, para dizer qualquer coisa, mas não lhe saiu nenhum som. Estava tão surpreendido quanto eu.
- Mas, isso é impossível! Ele foi sempre tão cauteloso... - Comenta, seguindo-me a mim e a Tania.
- Parece que não! - Replica a nossa chefe.
- Então vão vocês, eu tenho de fazer um telefonema! - Suplica, correndo para a sua secretária.
A casa é nos arredores de Londres. Uma casa simples de madeira, típica daquela zona. A chuva começa a cair, molhando a terra do campo já saturada de água.Tania e eu corremos para a casa, tentando escapar das gotas de chuva. Ela bate à porta, mas ninguém responde.
- Miss Saint-Lane?! - Chama, sem obter resposta. - Somos da Scotland Yard. Podemos entrar?
Ouço o ferrolho da fechadura arrastar-se pesadamente. A porta abre-se, revelando uma mulher de cabelos castanhos, dentro dos seus trinta anos, deitada no chão. Uma das suas mãos agarrava o pescoço. O sangue jorrava-lhe descontroladamente de um golpe na garganta. Eu e Tania acudimo-la, mas morreu-nos nos braços poucos segundos depois. Algo se moveu na outra ponta da casa.
- Eu vou lá. - Sussurra-me ela. - Cobre-me.
Ela tira a sua Glock do coldre, e eu imito-a, caminhando agachada. A casa cai num silêncio desconcertante. Parece que consigo detetar cada gota que bate no telhado da casa de um andar. O vento uiva por entre as traves antigas de madeira, adicionando ainda mais stress àquela situação. Sinto movimento atrás de mim. Uma mão enluvada prende-me o braço e outra tapa-me a boca antes que eu consiga gritar. Tania apercebe-se que algo está errado e gira sobre si mesma. A sua cara reflete surpresa. Ela aponta a sua arma ao meu atacante. Está prestes a dizer qualquer coisa, quando sinto a mão enluvada do atacante enrolar-se na minha, premindo o gatilho da minha arma, atingindo Tania entre os olhos. O estrondo faz-me dar um salto, e um círculo vermelho surge-lhe na testa em segundos. O sangue escuro corre-lhe pela cara, e o seu corpo cai inanimado. O atacante torce-me o braço, roubando-me a arma, e atinge-me com a coronha na nuca, fazendo-me perder os sentidos.
Quando acordo, estou num sítio completamente desconhecido. Estou amarrada a uma cadeira de madeira, no centro do que me parece ser um pequeno armazém. Sinto o chão de betão por baixo dos meus pés. Tento libertar-me, em vão. A minha boca está selada com um pedaço de fita adesiva, que me impede de gritar por ajuda. Um único raio de luz proveniente de um buraco no tecto ilumina uma pequena área à minha volta. O resto do sítio está oculto na penumbra. Deteto movimento atrás de mim.
- Não devias ter ido até àquela casa. - Diz uma voz distorcida por um aparelho eletrónico.
- Mm! Mmmmm! - Tento responder.
Ele caminha, sempre na escuridão, andando às voltas. Apenas consigo distinguir um vulto alto. Uma lágrima de frustração corre-me pela cara.
- Não chores, minha querida... Sei que há anos que andas atrás de mim...
Os meu olhos abrem-se de espanto e medo. Ele atira uma rosa para o chão, que caí em frente aos meus pés. As pétalas da flor são negras como a noite, frescas, ainda libertando o aroma tão característico. Fecho os olhos, tentando lembrar-me de alguma parte do caminho. Nada. Um telemóvel toca.
- Tenho de ir. Até logo, querida... - Despede-se friamente.
Oiço uma porta pesada de metal abrir e fechar atrás de mim. O Assassino da Rosa Negra tinha estado na mesma sala que eu. O meu coração bombeia-me o sangue rapidamente, enchendo-me as veias de adrenalina. Mas nem assim consigo libertar-me daquelas cordas apertadas.
Quando acordo, estou num sítio completamente desconhecido. Estou amarrada a uma cadeira de madeira, no centro do que me parece ser um pequeno armazém. Sinto o chão de betão por baixo dos meus pés. Tento libertar-me, em vão. A minha boca está selada com um pedaço de fita adesiva, que me impede de gritar por ajuda. Um único raio de luz proveniente de um buraco no tecto ilumina uma pequena área à minha volta. O resto do sítio está oculto na penumbra. Deteto movimento atrás de mim.
- Não devias ter ido até àquela casa. - Diz uma voz distorcida por um aparelho eletrónico.
- Mm! Mmmmm! - Tento responder.
Ele caminha, sempre na escuridão, andando às voltas. Apenas consigo distinguir um vulto alto. Uma lágrima de frustração corre-me pela cara.
- Não chores, minha querida... Sei que há anos que andas atrás de mim...
Os meu olhos abrem-se de espanto e medo. Ele atira uma rosa para o chão, que caí em frente aos meus pés. As pétalas da flor são negras como a noite, frescas, ainda libertando o aroma tão característico. Fecho os olhos, tentando lembrar-me de alguma parte do caminho. Nada. Um telemóvel toca.
- Tenho de ir. Até logo, querida... - Despede-se friamente.
Oiço uma porta pesada de metal abrir e fechar atrás de mim. O Assassino da Rosa Negra tinha estado na mesma sala que eu. O meu coração bombeia-me o sangue rapidamente, enchendo-me as veias de adrenalina. Mas nem assim consigo libertar-me daquelas cordas apertadas.
2 comentário(s):
A última parte lembrou-me o Saw, fantástico
haha glad you liked it ;)
Por acaso estava a pensar em fazer desta história um thriller policial, veremos como corre ;P
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