quarta-feira, 30 de março de 2011

A minha Melodia - Epílogo

A agitação do final do ano era aumentada pelos nossos nervos. Estávamos prestes a iniciar o duelo de final de ano entre os clubes de performance. Eu estava terrivelmente assustado. 
- Não precisas de ter medo do palco. - acalmou-me Dani, beijando-me a face. 
- E se eu falhar uma nota? - Perguntei preocupado. - E se caio no palco? E se não gostarem da minha voz? E se eu me esquecer da letra? E se eu... 
- E se tu te preocupasses apenas em te divertir, como me ensinaste? - Cortou, segurando-me ambas as mãos. - O que importa é senires-te bem em cima do palco, não se ganhamos ou perdemos. 
Eu sirri-lhe em agradecimento, beijando-o. 
- Break a leg! - desejou, sorridente, no seu inglês perfeito. 
Julie foi a primeira a actuar. A guitarra iniciou, e ela seguiu-se. 
- I've been awake for a while now. You've got me feeling like a child now. 'Cause everytime I see your bubbly face, I get the tingles in a silly place. It starts to my toes and I crinkle my nose, wherever it goes I always know that you make me smile, please stay for a while now, just take your time, wherever you go...
Os alunos agitava, lenta e nostalgicamente os braços no ar, ao ritmo da música. 
Quando ela acabou, todos bateram palmas, incluindo eu. Ela tinha talento. De seguida foi a vez de Daniel. Ele passou por mim, dizendo que me dedicava aquela música. A batida começou e eu acompanhei-a.
Live my life around a picture taken when we met. Spending all of my time chasing your silhouette. For all we go through, I don't wanna change you. It's my mind running in reverse, trying not to forget who we were, where it's at, here we go... And we break, and we burn, and we turn it inside out to take it back to the start, and through the rise and falling apart, we discover who we are.
O público saltava ao ritmo do refrão, contagiados com a música e com a energia de Dani em palco. A actuação seguinte era de um rapaz do Clube de Música e Teatro. Nunca o tinha ouvido cantar, mas Daniel pareceu preocupado quando o viu. O piano começou a tocar e eu pedi por um buraco para me esconder. 
- [mcr - welcome to the black parade] 
Ele subiu para cima do piano, enquanto cantava. Antes do início dos primeiros versos do refrão, deu um mortal, aterrando no chão, e dançando enquanto cantava. Nenhum de nós conseguia fechar a boca. Quica passou por mim. 
- Deixem este marmelo comigo. - Sibilou, após terminar a música. 
A bateria começou e Quica arrasou. 
The question asked in order to save her life or take it, the answer no to avoid death, the answer yes would make it. Ma-ake it... "Do you believe in God?" written on the bullet, say yes to pull the trigger. "Do you believe in God?" written on the bullet and Cassie pulled the trigger!Ela mexia-se pelo palco, sem que lhe faltasse o ar apesar de correr e saltar e incentivar o público a acompanhá-la. 
Depois de Quica, outra rapariga foi cantar. A sua interpretação da The Way I Am, da Ingrid Michaelson cativou a audiência, tanto das pessoas que assistiam, como daquelas que se encontrava, nos bastidores do palco. 
Finalmente, era chegada a minha vez. A bateria começou a marcar o compasso. Peguei na guitarra que eu tanto estimara desde pequeno. Era a primeira vez em seis anos que tocava nela. Era de madeira envernizada. Nas bordas, era castanha, que se ia transformando em vermelho até ao centro, onde se tornava preta. 
- It may not be the best one, It may not be like the rest of 'em. But she makes it sound so sweet, the melodies she makes it's saying. On her red guitar, the color never fades away no matter where she has it placed, and my life would change when I saw the face of her red guitar
Quando voltei aos bastidores, ainda ouvia as pessoas a bater palmas. Daniel beijou-me como prémio. 
Pouco depois, estavam os dois grupos em palco, cada um de seu lado do director da academia. Ele abriu um envelope, e anunciou o vencedor. 
- E tenho o prazer de anunciar, que o vencedor do Duelo Anual de Grupos de Performance Da Academia Das Nove Artes deste ano é...


Fim

13 comentário(s):

Lobo Solitário disse...

Opa, já acabou? Que pena ):

Ragdoll disse...

Sim, acabou.... por agora. Sinceramente, gostei de escrever esta história, por isso sou capaz de escrever uma sequela... e já que também gostas, prometo que o farei x)

Fentustengerstein disse...

ena, Flyleaf! fazia parte do meu mp3, quando andava no Secundário :P.
e My Immortal (que começou a tocar) faz-me tão mal... tive que ir a correr desligá-la :D

Ragdoll disse...

Flyleaf = Awesomness
Evanescence = My Love
My Immortal = Oh, bloody hell, it's a song about my life...

Percebo o que queres dizer com o ter de desligar a música, também já me aconteceu... Sorry 'bout that... Lol

Joana Bastos disse...

Amo Amo Amo.

grande talento. Continua :)

Unknown disse...

:P Obrigado! Tento dar o meu melhor ;)

Cheers!! =D

Joana Bastos disse...

é bom encontrar alguém que ainda se dedique á escrita :)

muito bons os teus textos :)

Unknown disse...

:) Obrigado

Realmente, hoje em da poucos são os que se dedicam à escrita, mas, felizmente, ainda há uma mão cheia de pessoas que gosta de escrever ;)

Joana Bastos disse...

Claro :) já agora muito prazer ;P

Unknown disse...

ha! xP Ora essa, o prazer é todo meu :)

Joana Bastos disse...

Passa no meu blog e dá a tua opinião :P

os meus textos não são tão bons como os teus mas acho que não são assim tão maus :P

Unknown disse...

Ah! Vou fazer isso mesmo, então ;) Depois deixo lá um comentário :P

Joana Bastos disse...

obrigada :)

Enviar um comentário