segunda-feira, 18 de abril de 2011

Uma Pitada DeSall - Capítulo 7

Ele olha para mim no final da refeição.
- Então…? – Pergunto, ansioso.
- És espectacular! – Elogia. – Admira-me como ainda não tens o teu próprio restaurante…
- Ainda não tinha tido uma hipótese destas… - Respondo.
Ele levanta-se da mesa, bebendo o resto de vinho do porto que tinha no copo e leva o prato consigo. Eu imito-o, pousando a loiça com cuidado junto à dele. Ele olha-me, aproximando-se.
- Que se passa? – Pergunto, num suspiro.
- Não sei… Não sei o que se passa comigo… - Murmura.
Ele aproxima-se ainda mais. Finalmente, beija-me nos lábios e sinto o calor percorrer-me o corpo inteiro. Os meus braços envolvem-no, a minha língua acaricia a dele, lentamente, apaixonadamente. A sua mão passa levemente ao longo da minha coluna, deixando uma dormência temporária por onde passa. Ele começa a caminhar em direcção à cama e eu deixo-me levar. Desta vez tenho um bom pressentimento acerca de passar uma noite com ele. Desta vez ambos estamos sóbrios e queremos aquilo. Ele desabotoa-me a camisa por entre fôlegos sonoros entrecortados por beijos calorosos. Antes de ele a desapertar, tiro-lhe a camisola e passo as mãos pelas formas definidas do seu corpo. Miguel despe-me a camisa, segundos depois, as suas mãos já estão ocupadas a desapertar o botão das minhas calças. Eu sigo-lhe o exemplo e pouco depois estamos em roupa interior, deitados na cama. Ele é o primeiro a falar:
- Esperei tanto por isto! Só queria estar contigo assim, de novo… - Comenta.
- Eu também… - Afirmo, beijando-lhe o pescoço. – Deixa-me retribuir-te o que me deste da última vez.
Beijo-lhe o ombro, depois o peito, os abdominais, tiro-lhe os boxers, enquanto dou beijos no seu umbigo e finalmente, passo a língua ligeiramente pelo seu membro. Sinto-o vibrar de prazer de cada vez que estimulo a sua glande.
- Espera, espera eu quero… - Começa.
Eu, como que lhe lendo os pensamentos, ergo-me, e beijo-o. Oiço-o abrir uma gaveta. O som de plástico a rasgar. Sinto-o entregar-me o preservativo. Quando o agarro, ele sussurra-me ao ouvido para lho pôr. Obedeço-lhe. Estremeço juntamente com ele, ao sentir o calor nas minhas mãos, a pulsação do sangue. Quando termino, beijo-o, e ele faz-me girar na cama, ficando por cima. Continua a beijar-me, passando a sua língua pelos meus lábios, enquanto me penetra lenta e cuidadosamente. Sinto o calor do seu pénis dentro de mim, e ele começa a fazer movimentos ritmados com a cintura. Após alguns minutos de o sentir assim, e de gemer juntamente com ele de prazer, os sons que libertamos começam a aumentar de intensidade. As nossas respirações ficam mais pesadas e o meu coração bate mais depressa. Começo a sentir os músculos do abdómen a contraírem e a relaxarem, ameaçando o orgasmo. Como se fossemos feitos um para o outro, ejaculamos em sintonia, com um gemido alto de prazer, seguido de um beijo longo e calmo. Ele cai ao meu lado na cama, exausto. Eu aproximo-me um pouco mais dele, beijando-o mesmo abaixo do ouvido.
- Isto foi… - Comento.
- Tão bom… Eu sei… - Responde, sorrindo-me e envolvendo-me com um dos seus braços, enquanto me acaricia a cara com a outra mão.

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